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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Falta de Civilidade VS. Lixo

A mega trinca: poderes Municipal do Rio de Janeiro, Estadual do Rio de Janeiro e Federal representados por seus líderes Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Lula comemoraram muito a vitória de trazer uma olimpíada pela primeira vez para hemisfério sul. Logo para o Brasil, logo pro Rio de Janeiro.

Grandes poderes trazem grandes responsabilidades.

As tragédias das Chuvas de Abril de 2010 mostrou que a falta de educação e cidadania são fundamentais para nosso sucesso em gerar os fracassos.
Povo burro dá nisso. Burro porquê quer? Sabe-se lá! Parece aquela dúvida popular de origem entre a galinha e o ovo, ou vice-versa.

Lembro-me quando tinha 19 anos, desci de um ônibus na Lagoa Rodrigo de Freitas para ir trabalhar com uma garrafa descartável de suco (naquele momento já vazia) que havia comprado na viagem. Caminhei por quase 400 metros num dos bairros mas ricos da cidade para encontrar uma cesta de lixo. Um indivíduo desconhecido se aproximou de mim, após me observar deu-me os parabéns por depositar o lixo no lugar certo. Agradeci o elogio e senti-me um estrageiro, que ainda não tinha nome de origem.

O problema não é ter mais lixeiras, isso não me impediu buscar por uma, nem que fosse no meu trabalho.

De que serve um bisturi na mão de um advogado (que não seja cirurgião também)?
De que serve distribruir lixeiras para um povo sem educação e cidadania, logo, não-civilizado?

Parece loucura, mas ser civilizado hoje é para muito poucos (independente da chamada "Classe Social"). Como bem disse Alexandre Garcia em seu comentário hoje no Bom Dia Brasil: "- A gente sabe que cabelo na pia entope o ralo, lixo na rua entope o bueiro".

Daí pergunto: "- A pessoa que joga lixo na rua é burra?" Sim é uma boa resposta. Essa pessoa é "deseducada" crente na impunidade do homem. Inconsequente, estúpida, não enxerga 5 minutos depois da sua atitude. Descrente da incompetência pública, que ela mesma mal escolhe, fica ilhada, perde tempo, perde patrimônio, perde a vida dos outros e perde a própria vida. A impunidade do homem acontece, mas "punidade" da incosequência é certa.

Ação e reação: quanto menos se pune, menos se acredita na punição.

Exceção: os alagamentos do Rio de Janeiro são punições não levadas a sério.

O povo está certo em colocar a culpa nesses poderes (Municipal, Estadual e Federal), mas, esquece que eles são literalmente espelhos da maioria, democraticamente eleitos. Eles são o povo no poder! Quer o povo queira ou queira (não há erro, quis reafirmar que quem está lá só é por vontade do povo).

O brasileiro não gosta nem do Brasil, nem do seu povo. Por isso, limpa sua casa, mas suja o país.

O vídeo abaixo foi exibido ao vivo hoje, 07/04/2010.


Mas a crítica não é de hoje. Veja o vídeo publicado em 22/02/2010.

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