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sábado, 27 de novembro de 2010

Está comprovado, sem guerra não há paz.

Sempre buscando oferecer uma visão além da mídia instituída, vamos pensar nas boas consequências dessas guerras.

Morar nas comunidades sempre foi ruim, afinal, quem não mora nessas comunidades violentas não quer nem saber de entrar lá. Mas, uma pergunta se faz necessário responder: Por que tantas pessoas de bem mesmo assim moram nesses locais?

Uma resposta se deve ao fato de que serviços como energia elétrica, água e esgoto, até mesmo TV por assinatura não são pagos ou são pirateados, causando uma transferência de custos para os que pagam corretamente.

Pois bem, os traficantes dessas áreas começaram de algum tempo para cá a torturar seus moradores locais. Uma premissa ética dos bandidos das antigas era defender o morador local. Parece que eles entendiam a importância disso, mas esses aí de hoje conseguiram destruir o próprio esquema. Que bom!

Desta maneira, com a ocupação do Estado Maior, os bandidos voltarão a ter medo, aliás, já voltaram. Com a presença ostensiva recente, um choque de "sabedoria" recaiu sobre as cabeças dos marginais dos demais comandos. Todos estão muito quietos assistindo toda a reação pública.

Com a ocupação dessas comunidades, outras coisas ilegais que os demais moradores usufruiam também vão cair. Todos vão pagar os mesmos impostos que os demais. Parece genial, pois, a médio e longo prazo, os moradores vão pagar ao Estado os custos dessas operações. Este é o preço da paz, pagar impostos.

Mais uma vez digo, temos que aproveitar e fazer com que esse momento gere novas realidades morais. Temos que depois de colocar as forças armadas, temos que colocar as forças dos presente e do futuro que são as forças da saúde e as forças da educação. Para ter paz devemos tornar desnecessária a guerra.

Parabéns ao Sérgio Cabral Filho e ao Luiz Inácio Lula da Silva! Até o momento só vejo acertos na medida do possível e necessário.

Lamentável será tão somente a morte e o ferimento dos não-bandidos. Não uso o termo inocente porque muitos usavam energia e etc sem pagar. Vamos ter que moralizar essas situações também.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Isso tudo é no máximo um começo.

Você deve saber que o salário mínimo é de 510 reais. Claro que é menos que isso, pois, ainda tem-se os decontos. Mas o que isso tem a ver com a violência do Rio?

A verdade é dolorosa, mas poucas pessoas sabem que viciados, craqueiros e afins estão queimando motos,  carros, vans, ônibus e caminhões. A tabela é a seguinte. Se queimar carros e vans, o tráfico está pagando 250 reais, se queimar caminhões e ônibus, 500 reais. Daí, pergunto, como seduzir os jovens ao trabalho honesto? Ele, jovem totalmente despreparado e desamparado, que não consegue nem o emprego de salário mínimo é sozinho culpado por sua escolha errada?

Não estou defendendo criminosos, detesto a maior parte das ações dos chamados Direitos Humanos. Estou defendendo aqueles que não são ainda bandidos, que são as crianças! Eles ainda são indefesos e pacíficos. Daqui 10 anos essas crianças podem virar animais ferozes, cheios de raiva no coração querendo matar e dominar todos os que ignoravam sua existência quando eram simples crianças.

A criança tem que acreditar que estudar e trabalhar é a solução única viável para suas vidas. Hoje, no ano de 2010 estamos precisando condenar as crianças abandonadas na década de 90. Hoje, em 2010 temos outras crianças desassistidas que em 2020 vão se tornar violentas.

No Complexo do Alemão e Vila Cruzeiro temos 400 mil moradores e se estima algo em torno de pouco mais de 2 mil bandidos. São 0,5% de bandidos, mas que são fortemente armados, conseguindo dominar todo o restante. Ninguém quer morrer de um tiro de fuzil ou ver sua família destruída.

Acho ótimo a sociedade apoiar os policiais nessas operações de risco, tonando-se heróis. Mas o que eles podem fazer é isso, eliminar as consequências de políticas falidas. Bem em frente a Vila Cruzeiro tem um CIEP. Será que teriamos essa guerra urbana se os sistemas de ensino público funcionassem?

Eu detesto rico burro. Ele não entende que se ele reduzir 10% de sua renda equivale a 100% de paz em suas vidas. Achei rídicula a posição de uma determinada repórter "High Society" em se opor ao fato que o salário mínimo ser baixo tenha a ver com sedução dos menores para o crime. Pense comigo, qualquer um que quiser encontrar uma boca de fumo vai achar. Agora, por que você, eu e outros com condições melhores que estes desassistidos não vão trabalhar no tráfico? Posso responder por mim, mas acho que a resposta é comum. Não tem nada no tráfico que me seduza. Vamos deixar de hipocrisia! Só vai pro tráfico que não tem nada a perder, tudo pode ser lucro para esses. Quem quer ganhar salário mínimo? Concordo que com essa formação que eles possuem nem salário mínimo eles podem ganhar, mas aí que reside o problema. Por que eles tem uma formação educacional tão ruim que eles acabaram por não ter condições de emprego algum?

Por isso eu afirmo, essas ações contra os bandidos é no máximo um começo, pois está combatendo os erros deixados pelo passado. Cuida das consequências deixadas. Mas que causas nós vamos defender hoje para não gerar novas consequências? Sem filosofar muito, quando vamos efetivamente cuidar do futuro de nossas crianças de hoje e de cada momento futuro?

Devido ao Tropa de Elite, hoje valorizamos os policiais, isso dá moral nessas ações. Mas eu conheço outros heróis. São heróis os que matam bandidos, mas são muito heróis também aqueles que fazem milagres para salvar vidas hoje. São heróis aqueles que ensinam nossas crianças quase que gratuitamente. Aliás, por isso que dizem que o ensino é gratuito, é sim, a miséria que o professor ganha é quase uma gratuidade. A miséria que o médico ganha, chega a ser um grande desrespeito. Não vejo em um simples vereador a metade da importância de um médico, mas vá ver quem é melhor remunerado.

A segurança está aí executando aqueles que foram esquecidos quando eram inocentes crianças. Não são mais inocentes, eles adoram o poder sem a menor humildade. Mas, e as crianças de hoje? Vamos dar alternativas melhores para todos nós?

Isso tudo é no máximo um começo.

Cuida-se das consequências agora, mas o que haverá para as causas?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Para pensar sobre a violência no Rio de Janeiro.

Como já falei em outro artigo, fica com a seguinte dúvida: Como pode haver paz sem guerra?

As Unidades de Polícia Pacificadora são um contra-senso em sua essência. Como a Polícia ocupa uma comunidade cheia de criminosos sem prender quase ninguém? Eles viraram fumaça? Há dúvida que existe algo errado nisso tudo? Os bandidos ficaram soltos.

Os comandos da Polícia Militar foram trocados, mas os policiais corruptos continuam os mesmos. Será que o tráfico realmente parou de funcionar? Será que os viciados que iam nessas comunidades pararam de consumir? Evidententemente que não. Os consumidores de drogas continuam consumindo. O que deve ter acabado é o arrego dos policiais. Parecia ser uma medida inteligente trocar os comandos e acabar com os arregos dos policiais corruptos. Mas, se esquece que policial bandido é pior que qualquer bandido, é uma raposa com pele de cordeiro.

Uma outra questão. Alguém se lembra de bandidos atacando pessoas humildes, pessoas da alta sociedade ou de ricos empresários? Eu lembro de casos de violência para todos esses grupos, principalmente os mais humildes. O que me causa estranhesa é que não me lembro de bandidos terem atacado com violência qualquer político. Até acontece de um suplente mandar matar o político eleito para pegar sua vaga ou por vingança. Nesses casos os bandidos atuam em nome de seu mandante, um político. Mas, por que será que bandidos nunca atacam políticos? Será que são amigos de muitos deles? Será que é por isso que as leis são tão brandas com os criminosos? Amigo não quer prejudicar amigo?

O crime é organizado, ou seja, dividido em órgãos. Temos o Terceiro Comando, o ADA, o Comando Vermelho. Ainda bem que o crime não é unificado. A polícia perde eficiência por ser dividia em órgãos também. Pense no assunto.


A sociedade está perdida como cego em tiroteio, está doente e alienada. Quem mora na zona sul do Rio de Janeiro só se preocupa com sua Ipanema, seu Leblon e etc. Tudo pode acontecer na "periferia". Achei ridículo o Arnaldo Jabor defender descaradamente a zona sul. Lá as vidas têm mais valor?

Concluindo sobre a violência. Com essa PM de tantos corruptos não há como vencer a violência. Inocente ou imbecil aquele que acreditar nisso. Sem cessar os motivos de tanta corrupção na polícia, não haverá como mudar. Policial e politico são da sociedade, não são alienígenas.Ou melhoramos nossas escolhas políticas ou isso que está aí vai piorar. Os piores bandidos estão nas câmaras estaduais ou federais. O povo elege bandido e se espanta com a violência. A mulher se casa com um estrupador e se surpreende com a falta de carinho na cama.

Temos que tratar esses políticos como bandidos que são. Não quero incitar mais violência, mas imagine se a sociedade mostrasse que está acordada e cada vitima de violência atacasse um político. O maior medo dos políticos é perder o controle da situação, não dos bandidos, esses são amigos. Mas, medo deles é perder justamente o controle da sociedade.

Olhe o discurso do Arnaldo Jabor no link abaixo, onde ele defende pricipalmente a zona sul, já que as perfirias já moram dentro da violência.

http://g1.globo.com/videos/jornal-da-globo/v/ta-na-hora-dessa-gente-carioca-mostrar-o-seu-valor/1381194/#/Edi%C3%A7%C3%B5es/20101124/page/1

O Brasilista vê tudo, menos como fazer a sociedade pensar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Enem pensar...

O mico da educação se repete mais uma vez, afinal, pra quê educação? Educação é um negócio muiiiito chato! Futebol, novela, cerveja, pagode, samba e carnaval agrada a grande maioria, não é verdade?

O Brasil se contradiz a todo momento. Uma premissa do ENEM é a igualdade de avaliação e a melhor maneira de fazer isso é unificar nacionalmente tal exame. Isso quer dizer que todas as provas serão exatamente iguais para todos os brasileiros.

O Ministro da Educação diz que aqueles que foram prejudicados farão uma nova prova com o mesmo peso exato da anterior.

Isso é possível?

Vamos ver isso individualmente.

Se isso for verdade, um candidato que fez a primeira versão deve alcançar o mesmo resultado nesta nova prova. Para não ser intransigente, creio que um grupo de cem candidatos que já fez a prova deveria participar voluntariamente com o bônus de que se a segunda prova tiver um melhor resultado valerá como seu resultado validado. Se for pior valerá o primeiro para não haver perdas, ou seja, o fica com o mesmo resultado ou melhor.

Caso a teoria de que a prova tem o mesmo peso, uma vez que o estimulo de poder melhorar o resultado está na mente do aluno, creio que esse grupo fará a prova com muito empenho, tal como fez da primeira vez.

Caso se confirme que esse grupo de cem candidatos teve um resultado com diferença  média de até 1%, podemos considerar que a nova prova atingiu o objetivo de ter o mesmo peso. Caso contrário, fica confirmado que na prática isso não é possível.

O Brasilista quer fazer o ENEM pensar. Mas eles não querem é nem pensar.

Opinião:

A redação tendo um tema diferente por si só pode prejudicar, afinal, se o tema for melhor dominado pelo examinado, melhor para ele, mas se for pior dominado? Isso só para citar um segmento da prova. E a pressão de ser um excluído do grupo? Se todos refizerem a prova tem-se o sentimento de todos no mesmo barco, ou seja, igualdade de novo. Uma prova diferente é uma prova diferente e ponto final. Faça-se o teste proposto e vamos confirmar.

domingo, 7 de novembro de 2010

Memória é o que gera justiça, ignorância gera injustiça.

O brasileiro tem extremo problema de memória, por isso pratica tantas injustiças! Os sem memória muitas vezes são ingratos. Os ignorantes não sabem porque não querem.

Você que é Brasilista não ignora, analisa. O que é confisco? O que é bloqueio?

Confisco é tomar para si algo. Os impostos são formas de confisco. Um bloqueio é limitar o acesso sem retirar a posse.

Por exemplo, você tem um carro e ele é retirado de você. Isso é um confisco. Agora, você tem um carro que só pode consumir 7 litros de gasolina por dia devido a racionamento de combustível. Aquela viagem que você tinha programado vai ter que ser adiada, pois, para isso o tanque teria que estar cheio, e devido ao racionamento não vai dar para chegar ao destino. Após a passagem do perído de racionamento, você pode se abastecer normalmente.

No fim da década de 80, existia uma aplicação chamada Over Night que rendia até 80% ao mês. A poupança rendia por volta de 40%. As pessoas se preocupavam pouco em produzir e consumir, pois, aplicar aparentava ser um ótimo negócio.

Mas se ninguém produz e ninguém compra, como a economia pode se sustentar?

Não precisa ser muito inteligente para perceber que isso beira ao caos, a bolha estava por explodir. As pessoas estavam entregando suas vidas aos banqueiros da época, vendiam casas, carros e o dinheiro ia para os bancos na busca frenética por rendimentos. Uma loucura! O dinheiro surgiu para facilitar o comércio. Em vez de ficar se trocando produtos, trocava-se produtos por dinheiro. Um sapateiro trocava seu serviço por dinheiro para poder comprar do agricultor local. Repetindo, o dinheiro nasceu para facilitar o comércio que é basicamente produção e venda. No final da década de 80 o comércio estava falindo e com isso os empregos. Dinheiro era feito a partir de dinheiro em um processo nocivo. Para freiar o processo surgiu o BLOQUEIO (e não confisco) da poupança. Com a limitação de saque mensal de 5 salários mínimos, renda MÁXIMA de 60% dos brasileiros da época, ou seja, a maioria tinha renda mensal infeior. Quem tinha, vamos supor, 200 salários mínimos poupados só podia sacar por mês 5 salários mínimos, ou seja, quem era rico, ficou com vida de classe média. Quem era pobre e coitado nem sentiu diferença. Imagine que hoje 5 salários mínimos são 2550 reais (200 salários mínimos são 102 mil reais). Quem saca tanto da poupança por mês? Mesmo que fosse 1000 reais, volto a mesma pergunta, quem saca tanto por mês assim? Só quem é classe média alta faz isso. Entenda que isso não se aplicava a conta corrente, somente a poupança. Quem tinha 200 salários mínimos em conta corrente podia sacar sem problemas.

Mas porque houve então aquele movimento que culminou no impeachement do presidente da época?

Simples, todos da mídia, sem excessão, são da classe média alta e eles foram diretamente atingidos em suas vidas abastadas. Todos os políticos e empresários da época tiveram suas vidas afetadas também. O único que não foi afetado, o povo, com seu talento para se comportar como gado foi guiado pelas ruas a protestar. Muitos daquela época foram para a rua beber e pintar a cara (de palhaço, na verdade). A mídia pressionou em causa própria. Veja um exemplo de pressão demagoga exibido na época pela Rede Manchete a ministra da economia. Digo demagoga porque na verdade estava velada um interesse próprio.

Observar para entender...



O Brasilista é inteligente e tem memória. Sofre preconceitos por isso.