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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Se o voto nulo do eleitor não anula a eleição, o que podemos fazer?

Agora que já sabemos o que é legalmente o voto nulo e sabemos que na verdade ele é dois tipos: 1 - Anulado pelo eleitor. 2 - Anulado pela Justiça Eleitoral quando detectada fraude. Vamos examinar então o aspecto de voto com efeito de nulo, mesmo quando se vota em alguém.

Dessa vez não estou falando da Justiça Eleitoral nem sobre lei, mas sobre uma estratégia do que podemos fazer para melhorar a qualidade dos políticos que recebem o poder do povo.

Existe uma constância de pessoas com forte apoio financeiro para suas campanhas. É fácil no mínimo suspeitar desse candidato, pois, o dinheiro que ele recebe na campanha nem em um mandato de 20 anos ele consegue devolver o dinheiro, logo, imaginar que ele tem o "rabo preso" não é nem um pouco injusto. Sendo assim, o voto popular em um candidado provavelmente com o "rabo preso" não deixa de ser também uma espécie de voto nulo, pois, ele não atenderá as necessidades dos populares, mas de quem financiou sua eleição.

Então, já sabemos que quando o eleitor vota nulo ajuda quem tem base financeira para campanha, pois, ele terá os votos ganhos na sua cara campanha, logo, essa estratégia não resolve. Votar nulo é como aquela criança que se joga no chão ou o presidiário que queima os colchões, apesar de serem formas de protesto, nunca levam a lugar nenhum, só serve para tomar mais porrada. Votar em quem tem campanha cara também não adianta e já está que explicado o motivo. Só restou o povo gostar um pouco mais do seu semelhante e votar em pessoas de sua região e preferencialmente por pessoas simples. Tem gente que vai dizer que não adianta porque depois que entrar lá vai entrar no esquema. Daí pergunto: Pensar assim resolve? Pensar assim é admitir que é melhor votar nulo ou em quem tem dinheiro. Será que é melhor manter esse círculo vicioso? Muita gente concorda que o voto distrital é uma solução. Mas, nunca foi proibido votar em pessoas de sua região, repito, nunca! Ou seja, criar esse regulamento seria bom, pois, faria o curral votar na marra em pessoas dos seus locais. Mas, eu não sou gado nem faço parte de curral, voto em quem eu quiser, aliás, nós todos votamos em quem quisermos. Eu não preciso de uma regra para votar em quem está mais perto de mim.

Respondendo a pergunta desse artigo, não devemos mais nos comportar feito gado que é comandado por um fazendeiro que só vai no curral para receber a renovação do direito de comandar suas vidas. Diferente do gado, nós pensamos. O problema não é do potencial do gado, mas está nos péssimos hábitos.

Não vote nulo e nem em candidato a reeleição, ainda mais com campanha cara.

Nota: Uma coisa engraçada que inventaram aqui no Brasil é o termo voto de confiança. Afinal, pelo que sei todo voto é sincero, logo, de confiança e é sobre isso que se fala no próximo paragráfo.

Apareceu no Jornal da Band, pena que eu não gravei e nem achei no YouTube. Apareceram em entrevista os políticos escolhidos pelo povo da Suiça. Chega a ser lindo um político falando. Na entrevista de um deles, em sua casa modesta se comparadas com as mansões que os nossos aqui possuem, é perguntado pelo repórter se com um salário tão modesto valia a pena ser político. Ele respondeu perguntando: Tem algo mais importante que receber a confiança de tantas pessoas?

Daí eu pergunto: Você tem escolhido bem para quem tem dado seus votos de confiança, já que anular não adianta nada?

O Brasilista nasceu no Brasil mas pensa que nem os suiços e outros povos inteligentes desse mundo.

2 comentários:

  1. A Band passou uma série de reportagens sobre os políticos da Suécia, compensa dar uma olhada.

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